Aos amantes de astronomia, o calendário de fenômenos no céu está repleto e, o melhor, visíveis a olho nu em Mato Grosso do Sul. Então, prepare o telescópio ou câmera e confira o cronograma do espetáculo celeste, como a superlua e chuva de meteoros.
A chuva de meteoros Perseidas está entre os eventos mais esperados do mês. O Star Walk diz que os meteoros estão ativos desde o dia 17 julho, entretanto, com o pico esperado para o dia 12. As Perseidas ocorrem todos os anos entre meados de julho e final de agosto.
Chuva de meteoros Perseidas
Será um espetáculo celeste, pois poderão ser vistas várias “estrelas cadentes”. As chuvas de meteoros ocorrem quando a Terra atravessa um rastro de detritos deixado por um cometa ou asteroide (em alguns casos especiais).
Ainda conforme o Star Walk, cada chuva de meteoros tem um corpo pai; para as Perseidas, é o grande cometa periódico 109P/Swift-Tuttle. Embora ele se aproxime do nosso planeta apenas uma vez a cada 133 anos, observamos as Perseidas anualmente porque a Terra cruza a trilha do cometa todos os anos.
Vai dar para ver em MS?
Segundo o astrônomo Marcelo De Cicco, coordenador do Projeto Exoss, parceiro do Observatório Nacional, o momento exato do pico da atividade está previsto para segunda-feira (12), entre 10h e 13h no horário de Brasília.
A chuva de meteoros é visível anualmente de meados de julho até o final de agosto, com duração até setembro. Este ano, mesmo com a lua 50% iluminada durante o pico das Perseidas, ela poderá ser vista por volta da meia-noite até o amanhecer.
Contudo, essa chuva de meteoros é particularmente favorável para observadores do Hemisfério Norte. Em seu pico, sob condições ideais, os observadores podem esperar ver até 100 meteoros por hora. No entanto, no hemisfério sul, a observação será um tanto limitada.
Ou seja, as condições para ver a chuva de meteoros Perseidas será de visualização razoável para quem está principalmente na região Norte no Brasil. Nas demais regiões, a chuva será “mais fraca”.
O monitor do Clube de Astronomia Carl Sagan, Henrique Amaral Arcuri, explica que a região de maior concentração da chuva Perseidas será próximo do horizonte a Norte. A grande maioria dos meteoros acabará sendo ocultada pelo próprio horizonte, ou seja, será possível uma visualização de uma quantidade consideravelmente menor de meteoros.
“Para a observação de meteoros, a recomendação é que seja a olho nu, é possível registrar com o uso de câmera para a gravação de vídeos. Perseidas é a maior chuva de meteoros com recorrência anual. Ela ocorre anualmente entre 17 de julho e 24 de agosto, com o pico geralmente em torno de 12 a 13 de agosto. Durante esse período, a Terra passa pela trilha de detritos deixada pelo cometa Swift-Tuttle. Esses detritos se queimam na atmosfera terrestre, criando as famosas ‘estrelas cadentes’ ou meteoros. O nome ‘Perseidas’ vem da constelação de Perseu”.
Os meteoros podem atingir a Terra?
Os meteoros Perseidas são basicamente detritos cometários: pequenas partículas de poeira e gelo. Eles são frágeis e se desintegram ao entrar na atmosfera. Quase nenhum deles alcança o solo, mas se um fizer, é chamado de meteorito.
Lua do Esturjão
Na noite do dia 19 de agosto, a primeira Superlua do ano promete iluminar o céu, de acordo com o Farmers’ Almanac, será a vez da Lua do Esturjão ou Superlua Azul.
Não, a lua não aparecerá azul, mas leva esse nome em referência ao peixe, visto em grande escala em lagoas da América do Norte. Conforme o Observatório Nacional, a superlua, que pode ser cheia ou nova, ocorre de uma a seis vezes por ano. No entanto, em alguns casos, a distância Terra-Lua é menor do que em outros. Isso ocorre porque a órbita da lua não é circular, mas sim elíptica.
Conforme o Superinteressante, perto das 15h26 no fuso horário de Brasília, vai começar o primeiro fenômeno de superlua do ano. A lua poderá ser vista a olho nu sem precisar de equipamentos especiais ou telescópio.
“A superlua é uma lua cheia que ocorre quando a Lua está em seu ponto mais próximo da Terra, conhecido como perigeu. Durante uma Superlua, a Lua pode parecer até 14% maior e 30% mais brilhante do que uma lua cheia média. A porcentagem exata da luminosidade pode variar dependendo de vários fatores, como a atmosfera e o local de observação, mas em termos gerais, ela será significativamente mais brilhante e maior do que a lua cheia comum”, descreve Arcuri.
Apesar de começar no período da tarde, terá mais luminosidade no céu noturno. Caso não esteja nublado, a vista em algum ponto longe das luzes da cidade deixará o cenário perfeito para observação.
Conjunções
O Star Walk explica que uma conjunção planetária ocorre quando dois ou mais planetas aparecem próximos uns dos outros no céu. Essa proximidade dos planetas é uma ilusão de ótica — na realidade, eles estão muito distantes uns dos outros.
“Do ponto de vista astronômico, uma conjunção acontece quando objetos celestes compartilham a mesma ascensão reta ou longitude eclíptica no céu”.
Neste mês estão previstas conjunções com Saturno, Júpiter e Marte.
Confira o calendário
- 12 de agosto – Lua em Quarto Crescente
- 12 e 13 de agosto – Máxima atividade da chuva de meteoros Perseidas
- 14de agosto – Conjunção entre Júpiter e Marte
- 19de agosto – Lua Cheia; Superlua
- 21de agosto – Conjunção entre Lua e Saturno; ocultação lunar de Saturno
- 26 de agosto – Lua em Quarto Minguante
- 27 de agosto – Conjunção entre Lua e Júpiter
- 28 de agosto – Conjunção entre Lua e Marte