A reunião do colegiado será na próxima terça-feira (15) com representantes do MRE (Ministério das Relações Exteriores) e do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).
O grupo irá traçar uma estratégia para responder à taxação do governo americano anunciada na última quarta-feira (9). Sem citar provas, o presidente americano justificou a medida como resposta a uma suposta censura do Brasil às mídias sociais americanas. Na carta, Donald Trump ainda criticou o julgamento contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O presidente Lula (PT) informou que o Brasil não aceitará ser tutelado e que o país responderá ao ataque com base da Lei da Reciprocidade Econômica.
Em abril, após Trump anunciou o “Dia da Libertação” com tarifas pesadas para outros países, o Congresso Nacional aprovou o projeto que permitia ao país praticar a “retaliação” nos casos de “tarifaços” contra os produtos brasileiros. A relatora da matéria foi a senadora Tereza Cristina (PP-MS).
Entenda
A decisão do presidente dos Estados Unidos foi anunciada na quarta-feira (9) e dividiu opiniões. Enquanto aliados do governo apontam interferência da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a oposição culpa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela deterioração nas relações com os EUA.
Após uma série de embates e troca de farpas nas redes sociais com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, foi definida a porcentagem sobre os produtos importados do Brasil. Trump fez o anúncio na rede social Truth Social, onde menciona perseguição do STF (Supremo Tribunal Federal) ao ex-presidente Bolsonaro.
Além disso, o norte-americano diz ainda que as relações comerciais entre o Brasil e os EUA são injustas. Até o momento, Donald Trump já definiu tarifas de ao menos sete países, sendo o Brasil com o maior percentual.
MS não deve sofrer com tarifaço
Em meio à polêmica do tarifaço de 50% anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros, a economia de Mato Grosso do Sul não deve sentir um impacto tão forte.
Isso porque o país norte-americano representa apenas 5,97% das exportações de produtos sul-mato-grossenses, conforme aponta o relatório Comex de junho de 2025, elaborado pela Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de MS).
Esse é o percentual verificado no primeiro semestre de 2025.
Então, o relatório mostra que, de um total de 5,2 bilhões de dólares exportados no período, cerca de 315 milhões foram para os EUA. Assim, o país de Trump figura como segundo maior comprador de MS.
No entanto, os norte-americanos estão muito atrás da China, que comprou 2,4 bilhões de dólares do Estado no primeiro semestre do ano, representando 47% das vendas de produtos sul-mato-grossenses.
(Jefferson Rudy, Agência Senado)
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