Empresário de MS foi alvo de operação da PF que mirou contratos da SED
A casa do empresário Marcelo Américo dos Reis, no Rio de Janeiro, foi um dos alvos da Operação ‘Vox Veratites’, deflagrada pela Polícia Federal, nesta quarta-feira (21). No local, a PF apreendeu R$ 146,8 mil em bolos de dinheiro.

O empresário mora em apartamento do bairro de Ipanema, em que imóveis de luxo podem chegar a R$ 3 milhões. Além disso, mantém empresas em Mato Grosso do Sul e no Rio de Janeiro, onde atua no ramo dos calçados masculinos – com diversas lojas na Zona Sul.

Durante esta manhã, a PF e Receita Federal estiveram no apartamento cumprindo um mandado de busca e apreensão. Não há informação se Marcelo, que é irmão de um empresário do ramo da comunicação em Campo Grande, estava em casa.

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Polícia Federal na casa do empresário (Divulgação, Receita Federal)

Em 2023, Marcelo Reis, como é conhecido, chegou a receber das mãos do então vereador Epaminondas Neto, o Papy (PSDB), título de Cidadão Campo-grandense. Ele também atuou na diretoria executiva do grupo de comunicação do irmão, na Capital.

Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, Marcelo Américo consta como sócio-proprietário em três empresas ligadas ao Marketing. Uma delas consta no Portal da Transparência do Governo de MS como certificado desatualizado.

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Bolos de dinheiros foram apreendidos (Divulgação, Receita Federal)

Contratos com a SED

Nesta quarta, a PF cumpriu oito mandados de busca e apreensão na Capital e um mandado no Rio de Janeiro – na casa da Marcelo. A operação Vox Veritatis é para apurar suspeitas de fraudes milionárias em contratos da SED.

A ofensiva é desdobramento das operações “Mineração de Ouro” e “Terceirização de Ouro”, que também investigaram desvios de recursos públicos federais no Estado.

Segundo a investigação, empresários, em parceria com servidores da SED, manipulavam o processo de adesão a atas de registro de preços de outros órgãos públicos. Assim, eles garantiam a vitória nos certames com fornecedores.

Os contratos, fechados com sobrepreço, também tinham o repasse de comissões de 5% sobre o valor negociado aos intermediários do esquema – no caso, os empresários. Essa comissão era então dividida com os servidores públicos envolvidos.

Governo diz que SED e servidores não são alvo

Apesar da operação mirar da Secretaria de Educação do Estado, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul divulgou nota informando que, até o momento, nem a pasta ou servidores ativos foram alvos diretos das diligências.

Na nota, o governo afirma que está acompanhando os desdobramentos da operação e colaborando com as autoridades responsáveis pela apuração dos fatos. O texto também garante que medidas legais cabíveis serão adotadas assim que houver acesso formal ao conteúdo da investigação ou avanço no processo.

(Divulgação, CMCG e Polícia Federal)

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