MS terá plano estadual para apoio à inovação e sustentabilidade
O Governo de Mato Grosso do Sul quer elaborar um plano estadual voltado a apoiar iniciativas nas áreas de ciência, inovação e tecnologia para apresentar soluções e mesmo propostas que envolvam atividades econômicas. Essa é uma frente que passa a ganhar relevância na diversificação da economia diante de objetivos definidos pela ONU (Organização das Nações Unidas) dentro dos chamados ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável). Esta manhã, ocorreu a 5ª Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, encerrando uma rodada de encontros que percorreu cidades do interior para recolher informações e preparar a participação na etapa nacional que ocorrerá no começo de junho em Brasília.
“Um dos grandes desafios é promover o uso cada vez mais intensivo de inovação, de sustentabilidade, e ninguém melhor que a comunidade científica para dar as respostas necessárias que nós queremos. Vamos ver se estamos caminhando na direção correta da política pública, sobre o que estamos fazendo no Estado”, explicou o secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação da Semadesc, Ricardo Senna.
Uma das iniciativas é apoiar universidades, empresas e pesquisadores a desenvolver projetos. Para isso foi publicado hoje um chamamento com valor de R$ 5 milhões, com bolsas de R$ 50 mil a R$ 200 mil. O público-alvo são coworkings, incubadoras, hubs, aceleradoras e parques e polos tecnológicos, setores dedicados à inovação. Os setores que o governo pretende ver impulso estão nas áreas de “bioeconomia, biotecnologia, cidades inteligentes, energias renováveis, biodiversidade, saúde animal, saúde humana e tecnologias sociais e assistivas”.
As propostas deverão ser apresentadas entre hoje e o dia 29 de abril. O edital traz a separação de valores para cada grupo de bolsas. Recebidos os recursos, o prazo para utilização é de 24 meses, podendo chegar a 36. O recurso não pode ser utilizado para obra e nem veículos, mas para aquisição de material e contratação de técnicos.
Senna afirmou que a parceria com as universidades é essencial para avançar no setor da inovação. Senna informou que o financiamento é uma forma de incentivar quem já atua com projetos de inovação.
Para buscar elementos o governo promoveu encontros em Coxim, Corumbá, Ponta Porã, Três Lagoas, com a conclusão em Campo Grande. Foram ouvidos pesquisadores, professores e empresários para identificar meios de impulsionar as iniciativas. Senna informou que 213 formulários foram preenchidos, trazendo subsídios para serem utilizados no plano estadual. Entre os itens apontados constam a necessidade de ampliação de empresas apostando em inovação, destinação de investimentos, apoio a projetos ligados à energia limpa e renovável, criação de um ambiente favorável para atrair empreendimentos.
Além disso, o Sebrae também pesquisou o setor e mapeou e articulou a organização de 11 ecossistemas de inovação no estado, nos municípios de Aquidauana, Campo Grande, Chapadão do Sul, Corumbá, Dourados, Jardim, Maracaju, Naviraí, Nova Andradina, Ponta Porã e Três Lagoas.
No encerramento da fase de coleta de informações, hoje cedo, na UFMS, o secretário apontou que as universidades são um “um grande berçário para produtos e soluções inovadoras para o mercado e as cidades”. A própria UFMS apoia projetos de startups e até enviou estudantes para conhecer iniciativas fora do país e aprender sobre o setor.
Participante do evento desta manhã, a chefe da Assessoria do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, Denise Aparecida Carvalho, apoiou a ideia de criar uma política pública para o setor da inovação. “Nós não podemos mais pensar no desenvolvimento de nenhum país se não for a partir do seu desenvolvimento científico e tecnológico.”
Ela argumentou que o apoio à inovação e iniciativas de sustentabilidade se relaciona com justiça social, que é um foco da conferência nacional.
Campo Grande News
(Foto: Reprodução)
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