Em eleição antecipada e com chapa única para eleger a nova presidência da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), o atual presidente, Francisco Cezário, foi reeleito para o 4º mandato. A eleição chegou a ter um pedido de impugnação, mas foi negado na quinta-feira (2).
Após a eleição, Cezário conversou com a imprensa e avaliou como ‘excelente’ as gestões anteriores e que a federação prepara o lançamento de um programa de reformas e investimento milionário da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) no esporte em Mato Grosso do Sul.
“Vai ser uma verba que todas as federações que tiveram participação na copa irão receber. Uma obra de aproximadamente R$ 8 a 10 milhões para deixar aos atletas da categoria de base […] A eleição foi antecipada principalmente para que possamos começar com a nova gestão da CBF”, disse o presidente reeleito em eleição de chapa única, afirmando que um grupo da confederação estará em MS para lançar o projeto no próximo mês.
Questionado se na próxima eleição lançará um candidato ou almeja um 5º mandato, Francisco Cezário ironizou. “Não sou profeta, não tenho bola de cristal. Até abril de 2023 [início da posse], peço a Deus que eu continue trabalhando bem, mas dentro desse corpo de vice-presidentes, se houver a necessidade, sabemos que esse time vai conduzir a federação”, pontuou o presidente que está há 8 anos consecutivos no posto.
Salário de R$ 50 mil e repasses milionários
Segundo último balanço da instituição, a receita bruta de 2021 é R$ 3.601.426,94, ante os R$ 2.580.837,09 de 2020, um aumento de mais de R$ 1 milhão de um ano para o outro.
A maioria desse valor vem do repasse da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). O total do repasse em 2021 foi de R$ 2,1 milhões e em 2020 de 1,3 milhões. Outro valor de receita vem a Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul), que em 2021 repassou R$ 820 mil à Federação para organização do Campeonato Estadual de 2022. Não é possível saber o orçamento estipulado para 2022.
Altos salários
Em setembro de 2021, o então presidente interino da CBF, Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, aumentou em mais de 100% o valor do repasse para os presidentes das 27 federações estaduais de futebol. Os cartolas passaram a receber R$ 50 mil mensais. Até então, a entidade pagava R$ 20 mil por mês. Na época, medida foi revelada em matéria do globoesporte.com e confirmada pelos dirigentes.
Além do salário, a CBF também reajustou o valor enviado para cada federação, que era de R$ 85 mil e passou a ser R$ 100 mil por mês. Na ocasião, a Confederação justificou o gasto como “fomento ao futebol nos estados”.
Ranking da CBF
Apesar do dinheiro, Mato Grosso do Sul está, dentre as 27 federações de futebol do país, em 25º lugar no ranking, só à frente da federação de Amapá e Rondônia.
Midiamax