CAPS de Maracaju realiza caminhada em alusão ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial
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Esta data foi instituída com o objetivo de reconhecer e valorizar a luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental. Dentro desta luta entra o combate à ideia de que se deve isolar a pessoa com sofrimento mental em nome de pretensos tratamentos, ideia baseada apenas nos preconceitos que cercam a doença mental. O Movimento da Luta Antimanicomial faz lembrar que como todo cidadão estas pessoas têm o direito fundamental à liberdade, o direito a viver em sociedade, além do direto a receber cuidado e tratamento sem que para isto tenham que abrir mão de seu lugar de cidadãos.
![Foto Noticia Principal Grande](https://i0.wp.com/www.maracaju.ms.gov.br/fotos/533b931ce059bf55ee1dfe2ffd52d716.jpg?w=640&ssl=1)
De acordo com Secretária Interina de Saúde, Rubya Machado Mendonça, Maracaju conta com uma ampla estrutura para o atendimento as pessoas na área de saúde mental.
“Trabalhamos constantemente, através de palestras, iniciativas em escolas e postos de saúde quanto a questão da saúde mental, por isso, projetamos essa caminhada com o objetivo de divulgar a data e reforçar que o município trabalha diariamente para este que é o mal do século. Temos Médico Psiquiatra e diversos psicólogos para assistir a comunidade maracajuense e conclamamos, não tenha vergonha de pedir ajuda, temos profissionais treinados para atuar neste segmento.” Explicou Rubya Machado Mendonça.
A caminhada ocorreu no trecho do CAPS até a Prefeitura de Maracaju, onde foram soltos balões com o significado de “Trancar não e tratar” em um ato alusivo a importância da liberdade.
Segundo a Coordenadora do CAPS, Elisangela Costa Lima, a melhor solução é o tratamento terapêutico com a ajuda da família e a colaboração de todos.
![Foto Noticia Principal Grande](https://i0.wp.com/www.maracaju.ms.gov.br/fotos/e24cda473acffe22e9c60b548e23a6ee.jpg?w=640&ssl=1)
“Eu convido a comunidade para conhecer a “Luta Manicomial”, se inteirar sobre o tratamento que é feito de forma terapêutica entre a equipe de Saúde multidisciplinar e família, para que aqueles pacientes que tem transtorno mental sejam inseridos no convívio da comunidade, pois a internação é a última solução.
O ato contou com o apoio da Primeira Dama Meire Calderan, servidores da Secretaria Municipal de Saúde, Unidades Básicas de Saúde, Secretaria de Assistência Social e Coordenadoria da Mulher.
Sobre o Dia Nacional da Luta Antimanicomial
O Movimento da Reforma Psiquiátrica se iniciou no final da década de 70, em pleno processo de redemocratização do país, e em 1987 teve dois marcos importantes para a escolha do dia que simboliza essa luta, com o Encontro dos Trabalhadores da Saúde Mental, em Bauru/SP, e a I Conferência Nacional de Saúde Mental, em Brasília.
Com o lema “por uma sociedade sem manicômios”, diferentes categorias profissionais, associações de usuários e familiares, instituições acadêmicas, representações políticas e outros segmentos da sociedade questionam o modelo clássico de assistência centrado em internações em hospitais psiquiátricos, denunciam as graves violações aos direitos das pessoas com transtornos mentais e propõe a reorganização do modelo de atenção em saúde mental no Brasil a partir de serviços abertos, comunitários e territorializados, buscando a garantia da cidadania de usuários e familiares, historicamente discriminados e excluídos da sociedade.
Assim como o processo do Movimento da Reforma Sanitária, que resultou na garantia constitucional da saúde como direito de todos e dever do estado através da criação do Sistema Único de Saúde, o Movimento da Reforma Psiquiátrica resultou na aprovação da Lei 10.216/2001, nomeada “Lei Paulo Delgado”, que trata da proteção dos direitos das pessoas com transtornos mentais e redireciona o modelo de assistência. Este marco legal estabelece a responsabilidade do Estado no desenvolvimento da política de saúde mental no Brasil, através do fechamento de hospitais psiquiátricos, abertura de novos serviços comunitários e participação social no acompanhamento de sua implementação.
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