Uruguai vai para 2º turno e reforma da previdência deve ser rejeitada
Dos 60% dos votos apurados, Orsi obteve 41,5% de apoio, conforme a contagem oficial neste domingo (27). Delgado garantiu 28,69%, enquanto Andrés Ojeda, um conservador jovem e experiente em mídia social, tinha 16,8%.
Ojeda se comprometeu a apoiar Delgado para impedir uma vitória da esquerda.
Se nenhum candidato presidencial conquistar mais de 50% dos votos, um segundo turno será realizado em 24 de novembro.
A nação de 3,4 milhões de habitantes, conhecida por suas praias, maconha legalizada e estabilidade, também votou no domingo para seu próximo vice-presidente e membros do Parlamento.
Plebiscitos
A contagem dos votos também estava em andamento para dois plebiscitos obrigatórios – um sobre uma reforma previdenciária que reduziria a idade de aposentadoria em cinco anos, para 60 anos, e outro que aumentaria os poderes da polícia para combater o crime relacionado às drogas.
As pesquisas de boca de urna mostram que ambos foram provavelmente rejeitados.
Os uruguaios parecem ter rejeitado a reforma previdenciária de US$ 22,5 bilhões, de acordo com duas pesquisas de boca de urna realizadas no domingo, afastando os temores de investidores e políticos de que a reforma poderia prejudicar a economia. Segundo as pesquisas locais Cifra e Equipos Consultores, 61% dos eleitores elegíveis rejeitaram a proposta, contra 39% que votaram a favor.
O referendo sobre segurança também fracassou, de acordo com a Equipos Consultores, garantindo menos de 40% de apoio.
Resultado
Quando as seções eleitorais fecharam no domingo, centenas de apoiadores da Frente Ampla na capital Montevidéu, onde os moradores historicamente apoiam a centro-esquerda, reuniram-se em um palco com vista para a orla da cidade para aguardar os resultados.
“Somos o partido que mais cresceu nesta eleição”, disse Orsi, dirigindo-se à multidão no palco.
“Nesses próximos 27 dias, vamos dar o último empurrão, com mais vontade do que nunca”, acrescentou Orsi.
No entanto, os resultados mostraram que os conservadores unidos poderiam vencer a esquerda em um segundo turno.
A coalização conservadora no poder está com dificuldade para defender seu histórico de segurança, mas espera que os sucessos na economia – com o emprego e os salários reais em alta – possam ser suficientes para convencer os eleitores em um segundo turno a escolher a continuidade em vez de mudança.
“Estou convencido de que todo o trabalho que realizamos e o que representamos serão bem-sucedidos”, disse Delgado no Domingo.
Foto Marieta Cazarré
Agência Brasil
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