Compras de Natal devem movimentar R$ 194 milhões na Capital em 2025
O Natal promete ser o mais forte para o varejo físico de Campo Grande em mais de uma década. Levantamento da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) projeta que 77,5% das compras serão feitas presencialmente, movimentando R$ 194 milhões na economia local. Os dados, elaborados em parceria com o SPC Brasil, são resultado de entrevistas com 210 consumidores entre 26 e 29 de novembro nas sete regiões da cidade.
A projeção indica um avanço real de 4,5% no consumo natalino em relação ao ano passado, impulsionado por um cenário econômico mais favorável. Desse total, R$ 150,7 milhões devem ir diretamente para as lojas físicas. Para o presidente da entidade, Adelaido Figueiredo, a preferência do consumidor confirma a força do comércio tradicional. “O dinheiro está na rua. Quem executar as estratégias certas leva os R$ 150 milhões do varejo físico para casa”, afirma.
A análise da CDL aponta que fatores macroeconômicos ajudam o otimismo do setor. A expectativa para a Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) em 11,25% melhora as condições de parcelamento, enquanto o aumento de 6,8% na massa salarial reforça o poder de compra da classe C. Mato Grosso do Sul também vive recorde de empregos formais, criando maior estabilidade para as famílias.
Itens tradicionais do Natal, como vestuário, brinquedos e cosméticos, têm inflação abaixo do IPCA, abrindo espaço para preços mais competitivos. O dólar médio previsto em R$ 5,40 também reduz custos de produtos importados. Para a CDL, esse conjunto cria “o melhor cenário desde 2013 para o varejo físico”.
O estudo parte do gasto médio registrado no Natal passado, de R$ 589,94, e incorpora variáveis como inflação, efeito moderado da Black Friday, impacto do 13º salário e ajustes por cautela diante do mercado de trabalho. Assim, o gasto médio previsto para 2025 é de R$ 616,48, podendo chegar a R$ 628 em um cenário mais aquecido.
Com 72,4% dos entrevistados declarando que pretendem comprar presentes, estima-se que 468 mil moradores realizem compras neste fim de ano. O potencial total de movimentação pode chegar a R$ 230 milhões, o que coloca a projeção de R$ 194 milhões dentro de um intervalo confortável.
As compras – Os produtos mais desejados pelos consumidores continuam concentrados em itens de uso pessoal. Roupas e acessórios lideram a lista, citados por 52,4% dos entrevistados, seguidos por perfumes e cosméticos (36,2%) e calçados (30,5%).
Brinquedos aparecem na preferência de 30% dos campo-grandenses, enquanto smartphones são opção para 27,1% dos compradores. A pesquisa também revela maior confiança nas lojas físicas: 59% afirmam acreditar que os melhores descontos estão nas vitrines, e não nos canais digitais.
O parcelamento segue como motor da temporada. O cartão de crédito, com pagamento em até 12 vezes, será usado por 79,5% dos consumidores. O PIX aparece consolidado como segunda forma de pagamento mais relevante, com 11,8% das operações previstas à vista.
Campo Grande News
(Foto: Marcos Maluf)
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