Dener aurito dos Santos era soldado da Polícia Militar quando foi exonerado. Ele foi punido por cometer transgressão disciplinar d natureza grave, de acordo com o Regulamento Disciplinar da corporação. A informação foi publicada em 3 de março de 2006, no Diário Oficial do Estado.

Antes da expulsão, Dener atuava no 22° BPM/M (Batalhão de Polícia Militar Metropolitano). A unidade fica localizada na zona sul de São Paulo.

Motorista confessou ter armado a situação

Dener disse na quarta-feira (19) que armou a situação porque queria chamar atenção para falta de segurança dos caminhoneiros em rodovias de todo o país. Em depoimento, obtido pelo portal UOL, o motorista afirmou que não pensou direito nas consequências da ação. Dener, 52, disse que a escolha de parar o caminhão no KM 44 do Rodoanel foi aleatória e não contou com ajuda de ninguém. Ele também declarou estar arrependido.

Na noite anterior, Dener disse que pernoitou em um posto de gasolina na Rodovia dos Bandeirantes e usou materiais da cabine para criar uma fala bomba. Ele declarou às autoridades ter usado o fio de um fone, fita crepe, papel alumínio, água e um tubo de gás de um fogão portátil para fazer o artefato. Após a produção, ele deixou o item na cabine e seguiu viagem na manhã seguinte.

Na sequência, segundo o depoimento, o homem disse ter informado o roubo da carreta à empresa e parado o veículo atravessado na pista. Ele contou ter amarrado as próprias mãos, mas acredita que acabou desmaiando em seguida por causa de um “forte estresse emocional”. Disse ainda que só recuperou os sentidos quando estava sendo socorrido pelos policiais.

Homem também negou usar drogas, medicamentos controlados ou quaisquer itens que pudessem tirá-lo de suas condições mentais.

Polícia Civil não encontrou imagens que comprovassem a primeira versão do caminhoneiro. No depoimento anterior, ele contou que, em certo trecho do Rodoanel, criminosos jogaram uma pedra no para-brisa do veículo e anunciaram o sequestro. O homem narrou que foi amarrado na parte de trás da carreta e obrigado a permanecer quieto, porém, após algum tempo, os criminosos fugiram após ele reagir.

Homem foi indiciado por falsa comunicação de crime, mas não foi presos, informou a SSP. As investigações do caso prosseguem para “completo esclarecimento dos fatos e a devida responsabilização criminal do indiciado”, concluiu a secretaria.

Foto: Reprodução/UOL

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