A vítima era autista, tinha deficiência visual e estava desaparecida desde a manhã de sexta-feira (31). As investigações indicarão a motivação do crime, no entanto, tudo aponta que tenha sido por vingança, já que Davi não aceitava o fim do relacionamento com a mãe de Arthur. Ela, por outro lado, está em outro relacionamento. Segundo familiares, o término entre os dois “se deu há muito tempo”.
Segundo a Polícia Civil, Piazza havia viajado de Santa Catarina – onde mora atualmente – para João Pessoa – onde a criança morava com a mãe – dizendo que ajudaria a cuidar do filho. Ele marcou um encontro com o menino no bairro de Manaíra, na Capital paraibana, tentando reestabelecer uma ligação com a criança, já que o contato entre os dois não era tão frequente.
Segundo o delegado da PC, Bruno Germano, Piazza esteve em João Pessoa na quinta-feira (30) e na sexta (31) se encontrou com o filho. Ele havia combinado com a mãe de Arthur que levaria o menino para passar um tempo com ele em Florianópolis, durante as festas de fim de ano, e este período seria um “teste”.
No entanto, a mãe de Arthur começou a perguntar sobre o filho e a pedir fotos, mas recebia apenas informações de que a criança estava bem. Foi então que neste domingo (2), já em Florianópolis, Davi ligou para a ex-companheira e informou que havia matado a criança. Davi indicou o local em que ocultou o cadáver e se entregou à polícia.
A maneira como o corpo de Arthur foi encontrado indica que o crime ocorreu logo após o encontro entre os dois. Após matar o próprio filho, Piazza teria levado o corpo até o bairro Colinas do Sul, onde o enterrou em uma área de vegetação. O corpo estava em um saco plástico preto, parcialmente coberto por terra.
Segundo a investigação, Arthur apresentava manchas verdes na região abdominal. A suspeita é de que ele tenha sido envenenado ou asfixiado. Após o depoimento de Davi, a Polícia Civil da Paraíba deve solicitar transferência dela para João Pessoa, onde responderá por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Familiares
Em Campo Grande, familiares de Arthur lamentam o crime. Segundo uma parente da vítima, que prefere não se identificar, o menino era doce, gentil e tinha uma história incrível de superação. Agora, a família espera que a justiça seja feita.
“O direito de despedida nos foi tirado. Queríamos tentar trazer o corpo pra cá, queríamos que o velório fosse aqui, mas, devido ao avançado estado de decomposição, tudo será feito lá em João Pessoa. Não conseguiremos participar”, lamenta.
A família pretende comparecer a uma delegacia da Capital para acrescentar informações pertinentes sobre o acusado.

