Riedel aposta em consórcio para enfrentar o crime organizado

O encontro foi motivado pela operação policial nos complexos da Penha e do Alemão, que deixou 121 mortos. Riedel destacou que a experiência de Mato Grosso do Sul, como estado fronteiriço com apreensões de drogas que se destinam a outros estados, pode contribuir para o compartilhamento de informações e inteligência.

Riedel afirmou que cada região enfrenta realidades diferentes, mas que a integração é essencial. “A realidade do Rio de Janeiro é uma, a realidade de São Paulo é outra. O Centro-Oeste, com certeza, é completamente diferente. Só vamos conseguir enfrentar o problema quando tivermos a capacidade de integrar, principalmente a informação”, disse. Ele ressaltou que a cooperação permitirá um enfrentamento mais eficiente do crime organizado.

O governador alertou sobre a presença de organizações criminosas em Mato Grosso do Sul. “Tem membros efetivos do Comando Vermelho no meu estado, seja na prisão ou na atuação. Também há membros do PCC, e as 500 toneladas de droga que apreendemos por ano não ficam aqui; elas têm destino a outros estados. A integração é que vai nos permitir um enfrentamento muito mais eficiente”, declarou.

Riedel destacou que a segurança pública depende de inteligência, planejamento e investimento. “A segurança pública hoje está baseada em inteligência, conhecimento, planejamento e investimento. Todos os estados têm feito aportes significativos, mas será muito mais eficiente se integrarmos nossas ações”, afirmou. Ele reforçou que a integração permite que os estados atuem de forma coordenada contra crimes que ultrapassam fronteiras estaduais.

O governador comentou a criação do “consórcio da paz”, proposta do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), para fortalecer a cooperação entre estados. “O consórcio vai permitir que os estados interessados discutam ações de integração da segurança pública, troquem experiências e planejem estratégias conjuntas. Não é uma discussão politizada, mas uma necessidade de enfrentarmos um problema que é transnacional”, disse.

Participaram do encontro os governadores de Paraná, Ratinho Junior (PSD); Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB); Santa Catarina, Jorginho Mello (PL); e Mato Grosso, Mauro Mendes (União). O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), participou de forma remota.

Campo Grande News

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