Guilherme Urbanek da Rocha, 23 anos, se entregou à polícia na quarta-feira (28), após receber ameaças de morte. O rapaz chegou a confessar o assassinato do policial militar aposentado Nelson Carvalho Vieira, 67 anos, e de seu neto Denner Vieira Vasconcelos, 22 anos, dois dias antes de ser preso. O crime aconteceu na Rua Anaca, Bairro Moreninha III, em Campo Grande.

O rapaz foi até a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol por volta das 9h30 da quarta-feira. Em depoimento complementar, acompanhado pelo advogado, ele relatou que estava recebendo ameaças de morte, inclusive de internos do sistema prisional. No entanto, falaria novamente sobre o crime apenas em juízo.

Ele foi encaminhado para audiência de custódia e depois foi levado para ser ouvido na 4ª Delegacia de Polícia Civil, onde o caso é investigado, porém optou pelo silêncio e não comentou sobre o duplo homicídio.

Durante a custódia, o mandado de prisão temporária foi confirmado e o juiz Almir da Rocha Ramos determinou que ele permaneça recolhido em unidade prisional até análise do juízo titular competente.

Caso – O policial militar e o neto foram surpreendidos quando estavam na varanda de casa. Os criminosos estavam em uma motocicleta Honda Biz branca. O passageiro desceu e efetuou dezenas de disparos em direção a Denner, mas o avô entrou na frente para protegê-lo.

A reportagem do Campo Grande News apurou que o crime envolve vingança. Guilherme pode ter agido em razão da morte do irmão de 17 anos, ocorrida na tarde do dia 15 de janeiro do ano passado, também nas Moreninhas. Na ocasião, o alvo real seria Guilherme e o irmão acabou assassinado no lugar dele.

O atirador que mirava Guilherme também agiu por vingança naquela época. Isso porque, em março de 2022, Urbanek invadiu uma festa e tentou matar um desafeto a tiros. A vítima dos disparos à época chegou a ficar em estado grave, mas sobreviveu.

No entanto, ainda não há informações de qual a ligação de Denner nos fatos. A família de avô e neto acredita que eles foram mortos por engano. O caso segue em investigação pela Polícia Civil.

Confissão – Guilherme Urbanek da Rocha chegou a procurar a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol na noite de domingo (25). O rapaz confessou o crime, no entanto, após ser ouvido foi liberado, já que não estava com mandado de prisão.

(Foto: Reprodução | Facebook)

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