Polícia descarta hipótese de assassinato de caseiro antes de ser devorado por onça no Pantanal

A Polícia Civil afastou a hipótese de crime no caso do caseiro Jorge Avalos, de 60 anos, morto após se atacado por uma onça, na região do Touro Morto, no Pantanal de Aquidauana, a 135 quilômetros de Campo Grande. A onça foi capturada na madrugada de quinta-feira (24) e trazida para o CRAS (Centro de Reabilitação Animais Silvestres).

Conforme o delegado Luiz Fernando Mesquita, o inquérito já foi instaurado e todas as circunstâncias do fato devidamente apurados. “Com base em todos os elementos de informação até agora angariados, não trabalhamos com a hipótese criminal.”, disse Mesquita.

Vários comentários nas redes sociais de internautas traziam a desconfiança de que Jorge poderia ter sido assassinado e jogado a onça para encobrir rastros de um possível crime, o que foi descartado pela polícia. O caso foi registrado como morte por causa indeterminada.

A onça-pintada capturada na madrugada de quinta (24), na região do Touro Morto, no Pantanal, após a morte de ‘Jorginho’, está em atendimento veterinário no CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), debilitada, segundo nota divulgada pelo governo do Estado nesta sexta-feira (25).

“O animal apresenta desidratação, alterações hepáticas, renais e gastrointestinais. Para concluir o diagnóstico do estado de saúde, os veterinários aguardam laudos e resultados de exames complementares – de raio-x, ultrassom e hemograma – para uma melhor avaliação”, aponta a nota.

A onça, um macho de aproximadamente 9 anos e com 94 quilos, está bem abaixo do peso. “O felino, após retornar da anestesia, está consciente, e não apresentou novos problemas de saúde – vômito, regurgitação – na primeira noite no CRAS, e de modo geral apresenta comportamento dentro da normalidade”.

O governo do Estado também esclareceu que não há risco da onça fugir, como aconteceu com um animal de 10 meses em 2010, que fugiu do CRAS por duas vezes.

“A onça está em um recinto com grades, e seguro para receber o animal e para o adequado manejo realizado pelos veterinários”, informou a nota.

Midiamax

(Foto: Saul Schramm/Secom)

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