Quatro pessoas investigadas por envolvimento com o tráfico de drogas foram presas nesta quarta-feira (19) no âmbito da Operação Psicultropicos, deflagrada pela Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira) com apoio da Polícia Civil de São Paulo.

Um mandado de prisão preventiva foi cumprido em Dourados e três em Batatais, na região de Ribeirão Preto (SP). Também foram cumpridas três ordens judiciais de busca em endereços ligados aos investigados. Cinco celulares e dois veículos foram apreendidos.

De acordo com as investigações, os presos integram organização criminosa que mandava droga da fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai para São Paulo em cargas de ração. Outros cinco envolvidos já tinham sido presos com uma das cargas, em 2024.

Conforme a Defron, a investigação teve início com o desmantelamento de entreposto de drogas no Jardim Alhambra, em Dourados, em outubro de 2024. No barracão, foram apreendidos 277 quilos de maconha em meio a sacos de ração para peixe. No local também foram encontrados potes de graxa usada para disfarçar o cheiro do entorpecente e dificultar a detecção por cães farejadores.

Outra carga ligada à quadrilha foi apreendida em novembro de 2024, quando 3.280 quilos de maconha foram encontrados sob carga de ração transportada em caminhão baú. O veículo estava em outro barracão, na Vila Guarani, região leste de Dourados.

Aquela operação resultou na prisão de cinco indivíduos envolvidos diretamente no transporte e logística. O motorista do caminhão e os batedores foram localizados com o apoio da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

O nome “psicultropicos” é derivado da fusão das palavras “piscicultura” e “psicotrópicos”, refletindo a estratégia de ocultar drogas em cargas de ração para criação de peixes, facilitando o envio dos entorpecentes para outros estados sem levantar suspeita

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