Fogo avança no Pantanal, consome 300km² e ameaça ribeirinhos

Isabelle Bueno, coordenadora de Operações no IHP (Instituto Homem Pantaneiro), ressalta que, nesta quinta-feira (24), a situação se agrava próximo à Serra do Amolar, diante do crescimento de focos ativos. O volume de fumaça cobre a região, dificultando a respiração.

Outro ponto de preocupação vem do estado vizinho, no Mato Grosso, com incêndios no Parque Nacional. Além da Brigada Alto Pantanal, o Prevfogo/Ibama e os Bombeiros estão atuando nesses incêndios em Mato Grosso do Sul. Do lado de Mato Grosso, que fica ali na divisa, no Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense, há brigadistas do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

“Por conta da fumaça, todas as comunidades na região da Serra do Amolar estão muito afetadas. A condição para respirar é realmente terrível. Na Comunidade do Binega, que chegou a ficar rodeada pelo fogo; muitos moradores decidiram não retornar às casas e estão ficando na região do Paraguai-mirim, que fica mais abaixo da Serra do Amolar e mais perto de Corumbá. Ainda não temos um cenário que demonstra que essa situação vai ser controlada”, descreve.

Equipes combatem fogo durante o dia todo (Divulgação, IHP)

Sem trégua

Ainda de acordo com dados do Firms/NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço), uma área aproximada de 300 km² foi atingida pelo fogo nas últimas 24h na região pantaneira, onde estão as comunidades.

“Além dos esforços no campo, dependemos muito da chuva para conseguir minimizar a situação”, lamenta Isabelle.

Manoel Garcia, chefe da Brigada Alto Pantanal, do Instituto Homem Pantaneiro, diz que as equipes atuaram ao longo do dia e parte da noite para combater um incêndio próximo a um morro, na região da baía da Gaíva.

“O fogo estava chegando para subir a um morro e conseguimos cercar o fogo que estava subindo o morro. Mais cedo, uma aeronave da Prevfogo/Ibama jogou água nesta quarta-feira e ajudou. Só concluímos esse trabalho agora depois das 21h. O vento apertou muito pela direção do morro, mas graças a Deus conseguimos segurar esse foco lá”.

Focos ativos preocupam (Divulgação, IHP)
Por Karina Campos 

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