Após tiros, prefeita ganha colete à prova de balas na última semana de campanha

Um dia após os disparos de tiros que atingiram a janela do quarto, a prefeita e candidata à reeleição de Jardim, Clediane Matzenbacher (PP), retomará as agendas de campanha na tarde desta segunda-feira (30). Mas para voltar às ruas na última semana antes da eleição municipal, a prefeita terá que usar um colete a prova de bala disponibilizado pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.

Ao Campo Grande News, Clediane relatou que irá redobrar a segurança para continuará fazendo as caminhadas e reuniões eleitorais que já estavam em sua agenda. “Vamos pedir formalmente para polícia uma escolta para nos acompanhar nos eventos porque a gente não se sente mais seguro. Mas não vou parar porque se eu fizer isso acredito que vou estar fazendo o que eles querem. Esse é o objetivo, eles querem me assustar”, completou.

Segundo a prefeita, a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul) enviou equipes para reforçar a investigação e segurança. O apoio da PF (Polícia Federal) sugerido pela senadora Tereza Cristina (PP) não será necessário. “A segurança pública do Estado está bem empenhada”, avaliou.

Na madrugada do domingo (29), uma dupla em uma moto passou atirando seis vezes na janela do quarto da prefeita. As câmeras de segurança da casa registraram o momento dos disparos, enquanto o casal dormia a cerca de 50 centímetros do local alvejado. O caso está sendo investigado como tentativa de homicídio.

A prefeita conta que não é a primeira vez em que se sente ameaçada. Na última eleição chegou a contratar segurança particular. Ela é a primeira mulher eleita em Jardim e durante o mandato também lidou com problemas que terminaram com boletim de ocorrência. “Duas vezes, em eventos públicos, pessoas em moto passaram distribuíram panfletos me difamando”, disse.

Ela lamentou que a tensão está aumentando nesta reta final da disputa e relatou que um dia antes dos disparos, dois cabos eleitorais foram presos acusados de compra de votos. Para ela, a situação foi armada para atingi-la. “O que me deixa mais revoltada é que, com os homens, não fazem nada. Sou a única mulher e a única ameaçada”.

Campo Grande News

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