Colégio Militar tem melhor nota no ensino médio em MS; escola indígena é a pior
O resultado do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) 2023 para o ensino médio em Mato Grosso do Sul revelou uma significativa discrepância de desempenho entre as melhores e piores escolas do estado. Divulgado nesta quarta-feira (14) pelo governo federal, o índice mede a qualidade do aprendizado nas escolas brasileiras, combinando as notas obtidas pelos estudantes nas provas do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) com as taxas de aprovação escolar.
O Ideb leva em consideração exclusivamente escolas públicas federais, estaduais e municipais, já que as instituições particulares participam apenas de forma amostral no sistema.
No topo da lista estadual, o Colégio Militar de Campo Grande, mantido pelo Governo Federal, se destacou com uma nota média de 6,7, resultado de um desempenho médio de 370,80 em Matemática e 345,24 em Língua Portuguesa. Este resultado colocou a escola como a 25ª melhor do Brasil.
Além do Colégio Militar, outras escolas também apresentaram boas pontuações, evidenciando focos de excelência no estado. A Escola Estadual Senador Filinto Müller, em Ivinhema, obteve um Ideb de 5,8, com notas de 320,41 em Matemática e 306,50 em Língua Portuguesa. O desempenho posiciona a escola como a segunda melhor no estado.
Em Campo Grande, outras instituições estaduais também tiveram destaque. A Escola Estadual Professor Emygdio Campos Widal alcançou uma nota média de 5,5 no Ideb, com 295,85 em Matemática e 315,11 em Língua Portuguesa. A Escola Estadual Professor Severino de Queiroz também atingiu um Ideb de 5,5, com desempenho médio de 309,44 em Matemática e 304,68 em Língua Portuguesa. Fechando o ranking das 5 melhores, a Escola Estadual Coração de Maria registrou um Ideb de 5,5, com 302,43 em Matemática e 308,35 em Língua Portuguesa.
Escola Estadual Indígena Cacique Ndeti Reginaldo, localizada em Dois Irmãos do Buriti, que teve pior nota no Ensino Médio (Foto: Reprodução)
Entre as instituições com os piores desempenhos está a Escola Estadual Indígena Cacique Ndeti Reginaldo, localizada em Dois Irmãos do Buriti, que obteve a nota mais baixa do estado, com um Ideb de apenas 2,3. Os alunos dessa escola tiveram um desempenho médio de 232,54 em Matemática e 242,36 em Língua Portuguesa, refletindo dificuldades no aprendizado.
Outras escolas que enfrentam desafios significativos incluem a Escola Estadual Miguel Sutil, em Camapuã, com um Ideb de 2,6, e a Escola Estadual Cívico-Militar Maria Correa Dias, em Anastácio, que registrou uma nota de 3,1. A Escola Estadual Professor Cleto de Moraes Costa, localizada em Tacuru, obteve uma nota média de 3,4, com 264,12 em Matemática e 282,94 em Língua Portuguesa. Em Dourados, a Escola Estadual Vereador Moacir Djalma Barros alcançou um Ideb de apenas 3,3, com notas de 262,35 em Matemática e 269,54 em Língua Portuguesa.
O Ideb é calculado a cada dois anos para os alunos dos anos iniciais (5º ano) e finais (9º ano) do ensino fundamental, assim como para o 3º ano do ensino médio. Criado em 2007 pelo Inep, órgão vinculado ao Ministério da Educação, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica tem como objetivo avaliar a qualidade do aprendizado no Brasil e definir metas para o aprimoramento do sistema educacional. O indicador é elaborado para cada escola, município e estado, além de apresentar médias nacionais.
A SED (Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul) foi procurada pela reportagem para comentar a discreprância entre as notas das escolas estaduais no ranking do Ideb, mas até a publicação da matéria não houve retorno. O espaço segue aberto.
(Foto: Capa Divulgação/CMCG)
Campo Grande News
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