Produção de soja cai 21,8% em MS e fecha em 12,3 milhões de toneladas
Mato Grosso do Sul, que expandiu a área dedicada ao cultivo da soja na última safra em 5,2%, atingindo 4,2 milhões de hectares, teve um impacto na produção por questões climáticas, reduzindo em 21,8% o volume da colheita, o que resultou em uma safra de 12,3 milhões de toneladas. Segundo o presidente da Fundação MS, Daniel Franco, o que segurou uma produção estável foram áreas que se dedicam à rotação de culturas e ao uso de plantas de cobertura.
Os dados oficiais da safra foram divulgados nesta terça-feira, 21, pelo presidente da Aprosoja-MS, Jorge Michelc, durante a abertura da 27ª Showtec, considerado um dos maiores eventos do agronegócio de Mato Grosso do Sul, em Maracaju (MS). Para o presidente da Fundação MS, é a tecnologia e a ciência que seguraram a produtividade.
“Há relatos significativos de áreas com baixa produtividade, enquanto outras conseguiram enfrentar melhor as intempéries climáticas. Na nossa avaliação, isso se deve, em grande parte, à rotação de culturas e ao uso de plantas de cobertura, saindo da tradicional dicotomia soja-milho”, explica Daniel Franco.
Daniel Franco, presidente da Fundação MS: “rotação de culturas e uso de plantas de cobertura fizeram a diferença nesta safra de soja”
“Isso é bastante evidente e temos promovido amplamente essas práticas [rotação de culturas e uso de plantas de cobertura]. Existem diversas opções disponíveis para os produtores, com o mercado oferecendo diferentes combinações de cultivos, além de os produtores também poderem criar suas próprias combinações”, completou o presidente durante sua fala na abertura da Showtec.
Impacto da quebra da soja
De acordo com o governador de MS, Eduardo Riedel, as perdas na produção de soja impactarão toda a população, mas a capacidade de se restabelecer é inerente ao produtor rural. “Momentos bons e ruins são cíclicos. A perda de R$ 12 bilhões terá um grande impacto, não apenas no bolso dos produtores, mas em toda a sociedade de Mato Grosso do Sul. (…) A atividade agrícola e pecuária é de longo prazo, envolvendo décadas, às vezes olhando uma geração à frente e duas ou três gerações para trás”, pontuou o governador.
“Hoje, em Mato Grosso do Sul, precisamos lutar por resultados de curto prazo, mas também devemos levantar a cabeça e olhar para o futuro. Recentemente, tive uma aula de economia com Jaime Verruck e aprendi que Mato Grosso do Sul cresceu 6,6% no ano passado, o segundo maior crescimento do PIB no Brasil. Este ano, apesar das perdas já contabilizadas, a projeção de crescimento é de 5,82%. Isso demonstra a resiliência e o potencial de crescimento do nosso estado”, finalizou Eduardo Riedel.
Campo Grande News
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