Em mais um episódio da guerra entre facções que assusta moradores do município de Sonora, no extremo norte de Mato Grosso do Sul -, rapaz de 28 anos, que teve apenas o apelido ‘Da Leste’ divulgado, morreu após entrar em confronto com policiais do Garras, que estão reforçando ações contra atuação de narcotraficantes na região.
O suspeito abriu fogo ao avistar os policiais, que revidaram. Além da arma, porções de drogas foram encontradas na residência onde ‘Da Leste’ estava. Esse é mais um desdobramento da onda de violência no município: Em janeiro um empresário morreu por engano após um atirador tentar matar o funcionário dele em briga por facção. Em fevereiro, confronto com a polícia terminou com dois supostos integrantes do Comando Vermelho mortos na cidade. Ainda neste mês, atentado em ginásio de esportes deixou dois mortos e um ferido, também palco da disputa pelo tráfico na região, que é considerada estratégica para servir de entreposto de drogas, de onde os entorpecentes chegam da Bolívia e seguem para grandes regiões metropolitanas brasileiras como São Paulo e Rio de Janeiro.
“Em Sonora há uma guerra declarada entre as duas maiores facções, Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital, pelo comando do tráfico de drogas, inclusive a cidade foi palco de vários crimes envolvendo as facções e a polícia veio ajudar a conter a onda de violência”, disse o jornalista que acompanha a movimentação.
O confronto aconteceu em um terreno com vários quartos no fundo, na Rua do Engenho no Bairro Vila Nova. Denuncias eram de que no local funcionava uma boca de fumo e também teria armas de fogo.
Ele foi socorrido até o Hospital Municipal, mas morreu.
Além de uma certa quantidade de entorpecentes, a polícia encontrou a arma de fogo calibre 44 com várias cápsulas deflagradas.
A Perícia esteve no local. O corpo do homem foi levado para o IML de Coxim.

Guerra entre facções
Essa onda de violência na cidade já havia sido noticiada pelo Jornal Midiamax. Em janeiro um empresário morreu por engano após um atirador tentar matar o funcionário dele em briga por facção. Empresário Tiago Valdecir Sandrin, de 38 anos morreu ao ser confundido por ter características semelhantes às do funcionário, alvo do crime, inclusive uma tatuagem no braço.
Um dos executores do crime foi preso e confessou que matou por engano. O motivo do assassinato do funcionário seria guerra entre facções, pois ele seria de facção rival.
Em fevereiro, dois supostos integrantes do Comando Vermelho foram baleados pela Polícia Civil que estavam em diligências. Outro membro da mesma facção também foi preso com armas e munições.
Conforme o registro policial no dia, a polícia alega que há vários dias a equipe de investigadores tem realizado diligências devido à guerra entre facções do PCC (Primeiro Comando da Capital) e Comando Vermelho em Sonora.
Ainda segundo a polícia, o enfrentamento entre as facções tem aumentado a criminalidade na cidade, resultando em vários homicídios, além de outros crimes.
Já em março o professor Jair Ferreira Jara, 49 anos e o pintor de obras João Vitor Oliveira de Souza, de 21 anos, mortos executados a tiros no ginásio municipal da cidade. O professor foi morto por engano, conforme as investigações da Polícia Civil. O alvo era o pintor e outro rapaz, que ficou ferido, mas conseguiu fugir. Seis pessoas foram presas envolvidas direta e indiretamente nos assassinatos.
À polícia, testemunhas relataram que os criminosos estavam em uma motocicleta e já entraram no ginásio atirando. O local estava cheio de crianças e adultos no momento dos disparos.
Ainda segundo investigações da polícia, João foi atingido pelo pelo garupa da motocicleta. Apavorado e ferido, o jovem tentou buscar refúgio dentro do ginásio, mas foi perseguido e morto pelo atirador, que na perseguição ainda atirou no professor Jair, que tentou socorrer Vitor.
A polícia ainda apurou que os acusados descarregaram dois revólveres calibre 38, atirando em direção das pessoas que estavam no ginásio, inclusive das crianças.
Ao lado do corpo das vítimas, os criminosos deixaram recado em papel escrito à mão, indicando que a autoria do crime seria de membros de facção contra outra.
Midiamax