Acumulado da perda salarial na educação chega a 48%, diz categoria

Os educadores da Rede Municipal de Ensino de Dourados acumulam perdas salariais de quase 48% nos últimos seis anos, informa o Simted (Sindicato dos Trabalhadores em Educação).

Enquanto isso, conforme o Sindicato, o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) cresceu 102% nos últimos seis anos no município.

A Prefeitura de Dourados acumula ano a ano aumento do recebimento dessas receitas, que devem ser utilizadas na valorização dos profissionais da educação, ou seja, no cumprimento do Piso Nacional da Educação, através da Lei federal 11.738/2008.

Em 2017, o piso anunciado pelo Ministério da Educação em janeiro daquele ano era de 7,64%, mas o município ficou inadimplente e o Simted Dourados ingressou com uma ação judicial para cobrar o pagamento.

No ano de 2018, o índice era de 6,81%, a prefeitura incorporou apenas 2,68% e ficou devendo 4,13% para a categoria. De 2017 para cá, somente em 2019 o governo municipal pagou o piso integral determinado pelo MEC, de 4,17%.

Já em 2020 não teve nenhum reajuste (0%), não pagando 12,84% de recomposição definida pela lei federal. Em 2021, o governo federal à época não definiu reajuste para profissionais da educação, deixando a categoria amargando zero por cento de reajuste.

Em 2022, acumulando dois anos de recomposição da inflação custo/aluno, o governo federal se viu obrigado a recompor o índice com as perdas do ano anterior e o índice do piso do magistério ficou em 33,24%.

No entanto, a prefeitura concedeu 18,86% de reposição salarial, deixando professores o ano todo abaixo do piso nacional e deixando de pagar 14,38% do índice que ainda é devido à categoria.

Conforme o Simted, a proposta de 6% para 2023, ofertada pela prefeitura, faz a inadimplência no ano corrente pode ser de 8,95%, com docentes abaixo do piso novamente. Isso acumularia uma perda salarial e dívida da prefeitura de Dourados com a educação totalizando 47,9% ao longo dos últimos sete anos.

Foto: Arquivo

Dourados Agora

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