Brasília (27/06/2022) – O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) promoveu, na segunda (27), o 1º Seminário Online de Educação Profissional, para discutir processos e iniciativas educacionais com professores, instrutores e tutores da entidade.

Na abertura, o diretor-geral, Daniel Carrara, afirmou que o Senar ampliou o leque de ações nos últimos 30 anos e que a formação profissional continua sendo a missão prioritária.

“A transferência de tecnologia e a educação profissional são fundamentais para atender o produtor rural. Uma série de ações tem que ser aportadas dentro das propriedades para trazer o que queremos em termos de classe média rural, que é renda para o produtor”.

Carrara ressaltou que a Assistência Técnica e Gerencial é um instrumento de transferência de tecnologia e que “vem como mais uma iniciativa para fechar o ciclo de desenvolvimento econômico e social das propriedades rurais”.

O seminário contou com a participação do professor, sociólogo e filósofo Francisco Cordão, do gerente de Tecnologias Educacionais do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Rio Grande do Sul (Senac/RS), Giancarlo Giacomelli, e do professor e psicólogo Celso Garcia, que foi o mediador do debate.

Eles trataram dos desafios da formação profissional na contemporaneidade, as mudanças ocorridas na educação e as possibilidades tecnológicas disponíveis para o desenvolvimento da educação profissional.

O professor Francisco Cordão fez um panorama da educação, passando pelos fundamentos presentes na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes da Educação Básica, na Base Nacional Comum Curricular, passando pela educação profissional e tecnológica.

Para ele, é importante integrar conhecimento, aptidões, atitudes e valores para desenvolver competências e ações. E ter conhecimento do trabalho é essencial nessa integração.

“Se o aluno aprende, ele coloca em prática. É importante ensinar a pensar, porque toda educação é dialógica, um caminho de mão dupla. A pessoa precisa ver, perguntar, criticar, pensar, articular e, ao aprender, ela desenvolve a capacidade de aprendizagem ao longo da vida”.

O gerente de Tecnologias Educacionais do Senac/RS, Giancarlo Giacomelli, falou sobre as experiências da entidade no processo de desenvolvimento da educação profissional a distância. Segundo ele, o Senac criou em 2018 o programa Pertencer EaD apoiado em três pilares: usabilidade, acolhimento e serviço para combater a evasão nos cursos. De acordo com ele, a partir do programa Pertencer EaD, o Senac teve um crescimento expressivo saindo de 14 mil para 62 mil alunos.

Giacomelli acredita que o mundo se tornou híbrido e o espaço digital avançou muito na nossa vida, mas na educação houve dificuldades. “O digital tem impacto significativo no trabalho. E hoje temos novos desafios como o 5G, a mudança do lúdico para o vídeo, Instagram e cia, o papel das institucionais educacionais e o mobile first. O mundo real entra na educação e o desafio é organizar e ser curador dessa grande quantidade de conhecimento que está dispersa”.

O professor Celso Garcia, moderador do debate, afirmou que o “Senar tem papel fundamental no desenvolvimento humano para ter um campo melhor” e que, a partir da experiência em sala de aula, “iremos dar uma oportunidade para essas pessoas e proporcionar uma educação de qualidade para o País”.

A diretora de Educação Profissional e Promoção Social do Senar, Janete Lacerda, encerrou o evento e ressaltou que foi um momento “para refletir nosso trabalho para continuar sendo uma instituição de excelência”.

O evento reuniu mais de 350 profissionais. No próximo semestre, o Senar vai promover o 2º Seminário de Educação Profissional.

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