Para família, cigarro causou incêndio em cama de homem encontrado morto

Depois de resgatarem o corpo de Zildo Pereira da Silva, de 47 anos, e ajudarem no combate às chamas que consumiam a cama dele, na noite deste sábado (1°), a família tenta entender o que aconteceu. Fugindo da ideia de assassinato, acreditam que ele passou mal e deixou um cigarro acesso em cima do colchão, causando o incêndio que quase se espalhou pela casa, no Bairro Alves Pereira.

Zildo foi encontrado na noite de ontem já sem vida, caído no chão do quarto, próximo a uma poça de sangue e ao lado da cama em chamas. Ele estava nu, apenas enrolado em um cobertor.

Uma das irmãs foi até sua casa convidar para jantar e descobriu o incêndio ao acaso. No primeiro momento, o fogo e a fumaça dentro do imóvel fechado não deixaram com que vissem Zildo caído. A família se uniu para apagar o incêndio com baldes de água e só depois do fim das chamas encontraram o morador morto.

A família mora toda na mesma região, a mãe de Zildo fica na casa em frente a dele. Como sofria de esquizofrenia, era sempre cuidado de perto. Nas andanças pelo bairro, se tornou figura conhecida e por isso sempre era chamado para fazer “bicos” para os outros moradores. Com o dinheiro que ganhava, comprava cachaça e cigarros.

Idalina Pereira, irmã de Zildo, contou que o morador era conhecido na região (Foto: Paulo Francis)
A rotina desregrada fez com que ele optasse por morar sozinho, mas sempre sob os olhares cuidadosos da mãe, conta a irmã Idalina Pereira da Silva, de 52 anos. “Como não tinha hora para dormiu achou mais confortável morar sozinho. Mas era muito conhecido no bairro, principalmente no Unidade de Pronto Atendimento. Como todo mundo gostava dele, nossa mãe nunca quis mudar daqui”.

O excesso de álcool, no entanto, agravou problemas de saúde. Como nenhum ferimento foi encontrado no corpo de Zildo, a família acredita que ele passou mal por causa da cirrose e caiu ao lado da cama. O incêndio, afirmam, pode ser consequência de um cigarro acesso deixado em cima do colchão.

Apesar das hipóteses, somente o exame de necropsia vai poder confirmar o que realmente aconteceu com Zildo. Seu corpo ainda está no Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal). Até os resultados dos laudos, o caso é tratado como morte a esclarecer.

Campo Grande News

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